
Feb 5, 2024
Por que o exame de toque de rotina não é recomendado durante o pré-natal?
Exame de toque de rotina no pré-natal: além de desnecessário, pode ser prejudicial e incômodo para as gestantes
Em um momento tão especial e delicado como a gestação, é fundamental que as mulheres se sintam acolhidas, respeitadas e empoderadas em relação aos seus corpos e à sua saúde. No entanto, a prática rotineira do toque vaginal durante o pré-natal, sem a devida necessidade, levanta questionamentos sobre seus reais benefícios e, principalmente, sobre os impactos negativos que pode gerar.
Desmistificando o toque vaginal
É importante salientar que não há nenhuma indicação científica para a realização do toque vaginal em consultas pré-natais de rotina. A Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia (SBGO) e o Colégio Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) não recomendam essa prática rotineira, ressaltando que ela deve ser feita apenas em situações específicas, quando há indícios de que seja realmente necessária.
Quando o toque vaginal é realmente necessário?
O exame de toque vaginal pode ser útil em algumas situações pontuais, como:
Avaliar o início do trabalho de parto: quando a gestante apresenta sinais de que o trabalho de parto está começando, como contrações regulares e dilatação do colo do útero
Auxiliar na indução do parto: em casos onde a indução do parto for necessária, o toque pode ser utilizado para avaliar a maturidade do colo do útero e determinar o método mais adequado para induzir o parto
Avaliar dor ou desconforto pélvico: em casos de dor ou desconforto pélvico persistente, o toque pode auxiliar no diagnóstico de possíveis causas, como infecções ou alterações no colo do útero.
Por que ele pode ser prejudicial e incômodo para as gestantes?
Realizar o toque vaginal em consultas pré-natais de rotina, sem a devida justificativa, não traz benefícios e pode gerar diversos incômodos, como:
Desconforto físico e emocional: o toque vaginal pode ser desconfortável e até mesmo doloroso para algumas mulheres, especialmente no início da gestação. Além disso, pode gerar constrangimento e ansiedade, impactando negativamente a experiência da gestante durante o pré-natal Risco de infecções: o toque vaginal aumenta o risco de introduzir bactérias no útero, o que pode levar a infecções que podem prejudicar a saúde da gestante e do bebê
Alterações no colo do útero: em alguns casos, o toque vaginal pode estimular contrações uterinas e até mesmo levar ao rompimento prematuro das membranas, especialmente em gestações de risco
Falta de autonomia: a realização rotineira do toque vaginal, sem o consentimento expresso da gestante, fere o seu direito à autonomia corporal e ao respeito às suas decisões sobre seu próprio corpo.
Empoderando as gestantes
É fundamental que as gestantes estejam cientes de seus direitos e possam tomar decisões informadas sobre o seu cuidado pré-natal. Converse com seu médico sobre a necessidade do toque vaginal em cada consulta e questione se essa é realmente a melhor opção para você.
Lembre-se: você tem o direito de recusar o exame se não se sentir confortável ou se não acreditar que seja necessário. Opte por um acompanhamento pré-natal humanizado, que respeite suas necessidades e vontades, e priorize sua saúde e bem-estar durante esse momento tão especial da sua vida.
Em um momento tão especial e delicado como a gestação, é fundamental que as mulheres se sintam acolhidas, respeitadas e empoderadas em relação aos seus corpos e à sua saúde. No entanto, a prática rotineira do toque vaginal durante o pré-natal, sem a devida necessidade, levanta questionamentos sobre seus reais benefícios e, principalmente, sobre os impactos negativos que pode gerar.
Desmistificando o toque vaginal
É importante salientar que não há nenhuma indicação científica para a realização do toque vaginal em consultas pré-natais de rotina. A Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia (SBGO) e o Colégio Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia (CBGO) não recomendam essa prática rotineira, ressaltando que ela deve ser feita apenas em situações específicas, quando há indícios de que seja realmente necessária.
Quando o toque vaginal é realmente necessário?
O exame de toque vaginal pode ser útil em algumas situações pontuais, como:
Avaliar o início do trabalho de parto: quando a gestante apresenta sinais de que o trabalho de parto está começando, como contrações regulares e dilatação do colo do útero
Auxiliar na indução do parto: em casos onde a indução do parto for necessária, o toque pode ser utilizado para avaliar a maturidade do colo do útero e determinar o método mais adequado para induzir o parto
Avaliar dor ou desconforto pélvico: em casos de dor ou desconforto pélvico persistente, o toque pode auxiliar no diagnóstico de possíveis causas, como infecções ou alterações no colo do útero.
Por que ele pode ser prejudicial e incômodo para as gestantes?
Realizar o toque vaginal em consultas pré-natais de rotina, sem a devida justificativa, não traz benefícios e pode gerar diversos incômodos, como:
Desconforto físico e emocional: o toque vaginal pode ser desconfortável e até mesmo doloroso para algumas mulheres, especialmente no início da gestação. Além disso, pode gerar constrangimento e ansiedade, impactando negativamente a experiência da gestante durante o pré-natal Risco de infecções: o toque vaginal aumenta o risco de introduzir bactérias no útero, o que pode levar a infecções que podem prejudicar a saúde da gestante e do bebê
Alterações no colo do útero: em alguns casos, o toque vaginal pode estimular contrações uterinas e até mesmo levar ao rompimento prematuro das membranas, especialmente em gestações de risco
Falta de autonomia: a realização rotineira do toque vaginal, sem o consentimento expresso da gestante, fere o seu direito à autonomia corporal e ao respeito às suas decisões sobre seu próprio corpo.
Empoderando as gestantes
É fundamental que as gestantes estejam cientes de seus direitos e possam tomar decisões informadas sobre o seu cuidado pré-natal. Converse com seu médico sobre a necessidade do toque vaginal em cada consulta e questione se essa é realmente a melhor opção para você.
Lembre-se: você tem o direito de recusar o exame se não se sentir confortável ou se não acreditar que seja necessário. Opte por um acompanhamento pré-natal humanizado, que respeite suas necessidades e vontades, e priorize sua saúde e bem-estar durante esse momento tão especial da sua vida.
Dra. Midiã Vergara Bandeira
Ginecologia Obstetrícia
CRM 28972-PR RQE 19354